LOUVOR À INSPIRAÇÃO

Este espaço é dedicado aos aprendizes dos cursos de Numerologia da Alma e às suas inspiradoras criações.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

SOLUÇÃO ECONÔMICA PARA QUESTÕES MORAIS!


Em nosso curso Nível 6, a aprendiz Rute fez uma pérola de comentário, quando tratávamos de missões kármicas. O seu comentário suscitou uma observação minha que gerou um contexto digno de fazer parte deste espaço, destinado a momentos inspirados de nossos aprendizes de Numerologia da Alma. 
 Em nossos cuirsos, tratamos de temas que nos conduzem a identificar causas e efeitos que nos conduziram a este mundo caótico em que vivemos. 
Os aprendizes são estimulados a abandonar a mesmice do dia a dia, e sair em busca de razões e soluções, que ajudem a entender onde, como e porque tudo começou.
A abordagem da Rute me fez introduzir uma questão mais abrangente, que resultou num interessante texto para reflexão. 
Comecemos com os comentários da Rute, feitos no dia de hoje, 15 de novembro de 2013.  
Escreve a nossa inspirada aprendiz:

No curso já terminado de Criatividade e Inovação fizemos um exercício chamado Life Ring (Anel da vida) e os círculos dos relacionamentos chamavam-se Life Arenas (Arenas da vida) onde a personalidade desenvolve as experiências e vence os desafios.
Essa sua ideia de atribuir números e significado numerológico expandiu minha visão. Obrigado.

(Aqui ela faz menção a uma técnica usada pelo aprendiz João Sérgio, envolvendo números e seus significados a diversas situações e ambientes em que ele, diariamente, se vê envolvido) 

Em relação à A1+P9 = M19/1 tomei conhecimento de algo que serve como exemplo a uma missão que resvala para o 19.
O filósofo americano Michael Sandel é um critico feroz das soluções politicas e econômicas que o mundo atual cria para ultrapassar obstáculos e servir interesses particulares. Foi através duma palestra dele que fiquei sabendo das "barrigas de aluguel" e também daquele assunto do militar contratado para substituir o outro. Tudo isso está no livro dele: "O que o dinheiro não compra (ou não devia comprar)".

Pois bem, parece que hoje em dia o dinheiro compra tudo e soluciona tudo, e uma P9 pode "cair" para uma P8 interesseira quando pretende cumprir uma missão de liderança humana. Nesse livro, Michael Sandel critica o prêmio Nobel atribuído ao economista Gary Becker pela solução encontrada para resolver o problema da imigração e dos refugiados de guerra.

Primeiro convém explicar que o prêmio Nobel é atribuído a pessoas que fizeram pesquisas importantes, criaram técnicas pioneiras ou deram contribuições destacadas à sociedade.

A solução de Gary Becker passa por atribuir quotas de imigração a cada pais e quando a quota máxima é atingida o país não pode mais receber imigrantes. Mais ainda, dentro dessa medida (quota), o país pode escolher aceitar imigrantes de acordo com o beneficio que esses imigrantes trazem à sociedade em termos financeiros. Ou seja, os imigrantes ricos têm prioridade em relação aos imigrantes pobres.

Mais ainda, no caso do país desejar se livrar de certos imigrantes, pode pagar a outros países mais pobres para receberem a quota de imigração que lhe esteja destinada. Isto é muito útil no caso de refugiados de guerra, indesejados, que procuram asilo em países fora do conflito.

Portanto, este economista foi premiado com um Nobel pela sua ideia pioneira que contribuirá (segundo a opinião deles) para resolver problemas sociais. Desde que o país em questão possa pagar, resolve-se num instante o problema da imigração, desresponsabilizando-se da questão humanitária.

Ou seja, é verdade que o renomado economista sai na frente, é pioneiro na ideia líder de solucionar a imigração. Mas estará ele sendo humanitário? Supondo que ele tem uma A1+P9, estará a P9 dele sendo uma personalidade irmã da humanidade, ou só de alguns e do poder econômico. Apesar de não estarmos perante um caso de individualismo pessoal, estamos com certeza constatando um caso de individualismo grupal, um grupo, um pais que se coloca à margem dos problemas defendendo suas fronteiras e riquezas.

Bom, eu sei que o problema da imigração não é um problema fácil. Nós aqui em Portugal também vivemos essa realidade. Mas premiar uma solução que marginaliza, e soluciona através do poder econômico, não me parece certo. Concordo com o filosofo Michael Sandel.


Diante dessa brilhante e profunda abordagem, eu fiz uma intervenção para enfatizar bem a solução econômica para uma questão moral.

Prestem todos bastante atenção a essa armadilha que soluciona tudo com o dinheiro.
Às vezes, o dinheiro será útil e facilitador, porém, jamais o fator determinante das soluções para o futuro da humanidade.
Não adianta aumentar o poder aquisitivo de um povo, caso isto venha a resultar em agressão ambiental e destruição de reservas naturais.
Recentemente, discutiu-se a compra de quotas por países destruidores desses recursos, a serem adquiridas de outros que desenvolveriam projetos ambientais para os predadores. Isto é simplesmente uma ação hipócrita de preservação.
O que a Rute relata sobre o ganhador do Nobel segue o mesmo caminho.
Paga-se para que uns façam caridades por outros, e está resolvida a questão.
Esta solução é indigna da criatura humana, o dinheiro comprando a limpeza da consciência. Quanto mais rica a nação, menos ela contribui em exemplos e atitudes para uma política de justiça social.
A solução que devia ser coletiva, se torna um ato individual e econômico, para que uns se passem por bonzinhos e preocupados com os pobres coitados que sofrem exatamente por suas ações cruéis e ambiciosas de impor o poder dos mais fortes sobre os mais fracos.
Ridículo o prêmio, e até surpreendente não fosse o vencedor um economista.
Economistas são os que explicam e justificam tudo por moedas de trocas.
As teorias econômicas privilegiam os lucros e o retorno de investimentos.
Qual seria, então, a nossa surpresa, se não fosse o fato da Fundação Nobel expor sua credibilidade de modo tão aviltante!
Enquanto o dinheiro resolver as questões, até as ações consideradas nobres terão o seu preço.
Cabe a nós, discípulos dos Mestres, mudar a regra do jogo.